Pense rápido: você precisa de um criado-mudo para colocar ao lado da sua cama. Você pensa logo em ir à loja para comprar um ou a primeira coisa que passa pela sua cabeça é pesquisar como fazer o móvel você mesmo? Caso sua resposta tenha sido mais parecida com a segunda opção, é possível que a filosofia maker já faça parte de você, mesmo que não saiba bem o que isso significa. Continue lendo e entenda melhor o movimento maker e porquê ele invadiu áreas como a educação, a tecnologia e o empreendedorismo.
O que é o movimento maker?
O movimento maker surgiu como uma evolução do Faça Você Mesmo (Do It Yourself – DIY) e incentiva uma atitude mais mão na massa. Os makers – ou fazedores – defendem que qualquer um tem a capacidade de fabricar as soluções para os próprios problemas.
Os makers acreditam no pensar com as mãos e são adeptos às teorias construtivistas de Seymour Papert e Jean Piaget, que enxergam a construção da aprendizagem por meio de ferramentas e interação.
O movimento maker na educação
Para o movimento maker, o fazer é uma forma mais efetiva de aprender. Aristóteles já dizia, tempos antes da cultura maker, que “é fazendo que se aprende a fazer aquilo que se deve aprender a fazer”. Benjamin Franklin também abordou o tema ao proferir a famosa frase “Conte-me, e eu esquecerei; Ensine-me, e eu poderei lembrar; Envolva-me, e eu aprenderei”.
Nos anos iniciais da educação, escolas incentivam crianças a criarem objetivos com massa de modelar e bloquinhos de montar para perceber a realidade ao seu redor e criar significados para tudo que as cerca. Os anos avançam e as salas de aula passam a ser invadidas por muita teoria e quase nenhuma prática.
Assim, o movimento maker passa a ser uma alternativa ao ensino tradicional, no qual o professor é o detentor do conhecimento e está no comando enquanto os alunos são meros coadjuvantes. A mão na massa permite relacionar, de maneira prática, o conteúdo com o mundo real. Um estudo realizado na Universidade de Stanford demostrou que estudantes que vivenciaram a filosofia maker tiveram um desempenho 30% mais alto do que colegas que seguiram modelo convencional de aprendizado.
Aplicada à educação, a atitude maker promove a experimentação e valoriza mais a jornada do aluno. O processo pelo qual ele passa torna-se mais importante do que o produto final entregue.
As vantagens da cultura maker
Além de potencializar o aprendizado na área da educação, a cultura maker também pode ser aplicada a áreas como tecnologia e empreendedorismo. Em todos os âmbitos, ela ajuda a desenvolver soft skills como colaboração, autonomia, criatividade, senso crítico, liderança e resiliência.
O movimento maker também ajuda a evitar desperdícios, já que os produtos são fabricados sob demanda. A possibilidade de personalização dos itens aumenta o vínculo entre o maker e o produto, promovendo também o aumento da vida útil dos objetos.
Se você gostou desse conteúdo, poderá gostar também de: