Saiba o que é Design Fiction e como esse método pode ajudar a sua empresa a criar novos produtos ou serviços inovadores e disruptivos nos próximos anos. Continue lendo para entender!
As empresas geralmente desenvolvem os seus produtos ou serviços para um futuro próximo, mas pouquíssimas vezes os profissionais refletem sobre o mundo em potencial que estão criando ou como serão esses possíveis futuros.
O método Design Fiction existe para dar a oportunidade das empresas olharem para o futuro e criarem novas soluções sem bloqueios econômicos ou tecnológicos.
Com esta estratégia é possível sondar, explorar e criticar esses possíveis futuros e as tecnologias que eles adotam.
A empresa não tenta mais gerar respostas, mas sim formular perguntas diferentes e realmente incríveis. Continue lendo e veja como utilizar este método na sua rotina.
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O que é Design Fiction?
O Design Fiction pode ser entendido como uma disciplina, um método ou o uso intencional de protótipos diegéticos para impedir a descrença sobre a mudança.
Não entendeu nada? Calma! Diegético é um conceito da narratologia e, em outras palavras, podemos dizer que se trata de um “mundo ficcional”.
Logo, o protótipo diegético, dentro do Design Fiction, é produto, serviço ou alguma peça de designer que existe apenas nesse mundo ficcional que o público está vendo.
Se você ainda não entendeu, o Design Fiction é uma prática que tem o objetivo de explorar possíveis futuros e criar cenários teóricos e provocativos que são narrados através de artefatos projetados.
Se o design comum resolve pequenos problemas, o Design Fiction amplia o propósito e tenta lidar com os maiores problemas da sociedade.
Além disso, esse método também procura responder a perguntas como:
- Como o design deve impactar o mundo?
- Como podemos projetar um ecossistema mais saudável?
- O que podemos fazer para influenciar as culturas futuras?
- Como as tecnologias futuras podem impactar nossos produtos e serviços – e vice-versa?
- O que não queremos ver no futuro?
É uma maneira de facilitar debates, desenvolver novas ideias sem limitações e visualizar novas tecnologias em um futuro distante, enquanto utiliza uma narrativa para mostrar como essas tecnologias estão posicionadas em um novo contexto.
Ao inspirar novos imaginários e interações sobre o futuro, o Design Fiction avança as perspectivas de inovação e ajuda a tornar essas ideias reais o suficiente.
Por que adotar o Design Fiction na minha empresa?
Há três elementos importantes a serem observadas no Design Fiction:
- o uso da narrativa;
- o protótipo diegético;
- e o contexto.
Esses elementos não podem ser vistos individualmente ou apenas como uma história do futuro com aparelhos tecnológicos.
Em vez disso, o Design Fiction deve levantar provocações criativas, abordar questões e promover inovações.
A produção de conhecimento que o Design Fiction fornece requer que todos esses elementos sejam lidos juntos para que seja possível apresentar uma narrativa coerente do futuro.
Mesmo que o público decida colocar o seu ceticismo de lado e enxergar essa história apenas como uma ficção, os elementos apresentados na narrativa devem conter uma certa lógica para serem eficazes.
Por isso ela deve seguir algumas regrinhas:
- o público não deve duvidar da seriedade do design ou da tecnologia apresentada;
- uma narrativa que se concentra demais na tecnologia perde o seu valor crítico ao deixar de fornecer as provocações que o Design Fiction precisa oferecer;
- Assim como as práticas de design comum costumam colocar o usuário no centro do processo, a mesma coisa deve acontecer no Design Fiction.
Continue lendo e veja alguns exemplos sobre como o Design Fiction pode ser efetivamente utilizado.
Exemplos práticos do Design Fiction
O Design Fiction trabalha para resolver problemas e responder perguntas difíceis que criamos atualmente para nós mesmos.
Por isso, para você ter uma noção sobre como esse método funciona na prática, confira esses dois exemplos a seguir:
Star Trek
Além de lutar contra os Klingons e ir onde nenhum homem havia ido antes, a série Star Trek estava repleta de ideias e conceitos que tiveram uma enorme influência nos projetos de tecnologia que existem atualmente.
Cada episódio mostrava o que poderia ser criado com a tecnologia, como tablets, smartphones, videoconferências e muito mais.
Os cientistas da NASA chegaram a dizer qual foi a influência que o programa teve em todas as suas pesquisas.
E, apesar de estarmos há alguns anos de distância de carros voadores, canhões a laser ou robôs, podemos antecipar essas tecnologias utilizando o Design Fiction.
O primeiro iPhone
Em 2007 a Apple lançou o seu primeiro iPhone e apresentou o poder do Design Fiction em grande escala.
Quando o smartphone foi lançado, não havia nada parecido no mercado, então a equipe de design da Apple teve que desenvolver todo um processo de UI/UX (User Interface/User Experience) do zero.
Isso significa que eles tiveram que responder à novas perguntas, como:
- Que impacto essa interface terá sobre os usuários do futuro?
- Como isso afetará a tecnologia do futuro?
- Como será o fluxo / jornada do usuário?
O resultado dessas respostas foi um produto tecnológico que transformou o mercado de celulares e mudou a maneira como as pessoas interagiam com os seus telefones.
A Apple decidiu olhar além do que era possível com os dispositivos móveis e criar uma nova visão em cima disso.
Ao fazer isso, eles se basearam no Design Fiction para criar um novo produto, completamente inovador e com grande chances de sucesso.
Colocando em prática…
O Design Fiction é uma maneira de criar uma nova visão de como poderia ser a vida no futuro.
Essa metodologia dá à empresa a permissão de explorar pensamentos sem limites em nosso mundo, onde geralmente o dinheiro e outras restrições limitam as nossas ideias.
Esses projetos visionários têm o potencial de moldar a imaginação coletiva ou, quem sabe, plantar uma sementinha que se revele em um futuro distante.
