Em tempos de pandemia do coronavírus, muitas empresas reagem com a permanência em seus modelos tradicionais de negócio, para se protegerem das oscilações do mercado.
No entanto, essa atitude representa um risco, já que enquanto uma empresa está parada na crise do coronavírus, outras se adaptam para o “novo normal” e ganham a confiança do mercado.
Portanto, é neste momento de transição que as empresas devem se concentrar na inovação de produtos e de serviços, existentes ou novos, que podem gerar fontes de renda.
Por sorte, para inovar não é preciso ser um gênio ou investir muito dinheiro. Se você focar nas prioridades da organização e nas necessidades dos clientes, você já deu o primeiro passo.
Para isso, as soluções digitais se mostram fortes aliadas, já que o contato presencial deve ser evitado. Continue lendo e confira o que algumas empresas estão fazendo:
1. Ambev
A Ambev reforçou o seu comércio online ao adaptar e ampliar os canais de e-commerce.
Para isso, houve expansão da plataforma, o Zé Delivery, visando dar acesso a um canal de vendas para os pequenos pontos de comércio de bebidas.
Um dos focos da Ambev é trabalhar para estar próximo de seus parceiros, assim, se esforça para atender todos os canais de venda da empresa, para que nenhum de seus clientes seja prejudicado.
Outra medida é a abertura do Empório da Cerveja, um site que abriga diversas marcas de cerveja para venda, desde os pequenos produtores nacionais até as importadas.
2. Stella Artois, Nestlé e Nespresso
A Stella Artois criou o movimento Apoie Um Restaurante, visando doar dinheiro aos estabelecimentos. Logo, as marcas Nestlé e Nespresso também se juntaram.
Apoie Um Restaurante é uma plataforma colaborativa, criada com a intenção de gerar caixa para estabelecimentos, geralmente, de menor porte, para que funcionem durante o momento de crise provocada pelo Coronavírus.
Ao acessar www.apoieumrestaurante.com.br, o consumidor escolhe um restaurante e na compra de um voucher de R$ 100, paga só R$50 para consumir presencialmente no futuro, esse desconto de 50% é custeado por Stella Artois e outros parceiros da ação.
Segundo as empresas, o potencial é de reverter mais R$ 6 milhões para o mercado, além dos R$ 4 milhões arrecadados na primeira fase do projeto.
3. Magazine Luiza
O Magazine Luiza lançou uma plataforma digital gratuita denominada de Parceiro Magalu, o projeto foi planejado para operar em cinco meses. Porém, devido às indicações de isolamento social, a equipe executou em cinco dias.
A plataforma digital de vendas promove apoio aos autônomos, micro e pequenos varejistas, ao oferecer um espaço digital para venda durante a crise, podendo utilizar tanto o site, como o aplicativo da companhia.
Durante o isolamento, outra iniciativa do Magazine Luiza foi o uso de uma versão remota do aplicativo de vendas juntamente com integração das redes sociais. A ferramenta permitiu fazer vendas mesmo com as lojas fechadas.
4. NIKE
A Nike foi uma das primeiras companhias a sofrer pela desaceleração provocada pelo coronavírus, já que foi forçada a fechar suas lojas na China, seu segundo maior mercado depois dos EUA.
Porém, através da base de dados do seu aplicativo de treinamento na China, a Nike identificou 4 pilares estratégicos às varejistas mundiais:
- Contenção, fechamento de lojas em larga escala;
- Recuperação, quando as lojas abrirem novamente;
- Normalização, retorno à condições pré-crise;
- Crescimento de vendas.
Para reverter o quadro de redução das vendas, a Nike utilizou seus canais de comércio eletrônico para está mais próxima do cliente.
Essa estratégia de fortalecimento digital gerou uma expansão de 36% das vendas em seu comércio eletrônico no primeiro trimestre da pandemia.
5. Fintech Cora
A fintech Cora criou um novo negócio, o “Compre dos Pequenos”, uma plataforma em que os consumidores podem comprar vouchers de produtos e de serviços de pequenos negócios, para serem usados depois da pandemia.
A ideia é antecipar receitas, para que os os empreendedores possam manter pagamentos fixos, como salários de funcionários, aluguel e contas.
A Cora também ofereceu suporte, ao produzir e distribuir conteúdo para essas empresas, como dicas de benefícios oferecidos pelo governo, vendas em marketplace e soluções para delivery.
6. MRV Engenharia
A MRV adaptou seus canais digitais para quem busca pela compra dos apartamentos.
Assim, a jornada do cliente é realizada de maneira totalmente online, desde da simulação à análise de crédito, da visita (virtual) ao apartamento à assinatura do contrato. A estratégia faz parte do movimento da MRV #FiqueEmCasa.
O projeto engajou cerca de 100 profissionais, com oferta de imóveis inicialmente restrita a Belo Horizonte, a ferramenta foi turbinada em março, no andamento do coronavírus, e agora atende as 160 cidades de 22 estados onde a MRV está presente.
É uma iniciativa recente de uma construtora que investiu em Transformação Digital e no co-desenvolvimento de produtos e serviços em parceria com startups do Órbi conecta.
Então, como as organizações podem mudar de uma mentalidade protetora para uma voltada para a inovação, sem sacrificar a proteção?
Uma das estratégias é aproveitar a tecnologia para adaptar e otimizar processos existentes juntamente com a identificação das necessidades dos clientes. Assim, é possível seguir de forma ágil, segura e eficiente.
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